Maria Konnikova é uma escritora e palestrante consagrada que encontrou no poker uma paixão e também a inspiração para um best-seller. Ela nasceu em Moscou, na Rússia, e foi para os Estados Unidos aos quatro anos de idade. Seu primeiro livro foi escrito em russo, tinha cinco páginas e tinha algo a ver com trolls. Quando Maria estava na quarta série, ela escreveu uma peça. Demorou o que pareceram anos para ser terminada e quinze minutos para ser interpretada. O público (de pais e irmãos orgulhosos) delirou.

Maria é autora de dois best-sellers da lista do New York Times, The Confidence Game (2016) e Mastermind: How to Think Like Sherlock Holmes (2013). Seu mais recente livro foi sobre poker, o The Biggest Bluff. Ele foi lançado em 2020 e entrou para lista dos 100 livros mais relevantes do ano do New York Times e foi finalista do prêmio Best Sports Writing 2021 do Telegraph.

A verdade é que Maria Konnikova nunca havia jogado poker e nem conhecia as regras quando abordou Erik Seidel, membro do Poker Hall of Fame, nove vezes campeão da WSOP e o quinto jogador que mais ganhou dinheiro em torneios de poker ($42,4 milhões), e o convenceu a ser seu mentor. A escolha por Seidel não foi por acaso: um jogador notoriamente atencioso e de mente aberta. Ele ficou intrigado com o argumento de que ela não estava interessada em ganhar dinheiro, mas sim em aprender sobre a vida.

Maria Konnikova estava passando por um período de “má sorte” em sua vida pessoal, e suas reflexões sobre o papel do acaso a levaram a ler o trabalho de John von Neumann sobre a teoria dos jogos, que a direcionou para o poker como o melhor jogo para aprender a separar o que pode ser controlado e o que não pode. “Quando procurei Seidel, em 2016, eu não sabia nem quantas cartas tinha um baralho. Eu odiava cassinos e não tinha nenhum interesse em jogos de apostas”, disse ela em entrevista ao New York Times.

Seidel aceitou ser o mentor dela por um ano, em que ela passaria o ano competindo em torneios de poker mundo afora. Afinal, ela também poderia ajudá-lo de alguma foram, afinal, ela era uma Ph.D. em psicologia e tinha um aclamado e crescente corpo de trabalho sobre o comportamento humano e como hackeá-lo.

Maria aprendeu as regras do jogo e começou a praticar online. Depois de jogar algumas centenas de mãos, ela se encontrava com Seidel para caminhar em Manhattan. Não havia objetivos específicos, ela só queria discutir mãos, saber se tinha jogado certo ou errado. Mas o início não foi bem como ela imaginava. Seidel não dava muitas informações concretas a ela, o que deixava Maria muito impaciente. A única vez que ela reclamou, ele contou uma história: “Há pouco tempo, eu estava conversando com um dos jogadores de high-stakes mais bem-sucedidos atualmente no circuito. Aquele jogador estava oferecendo uma opinião muito específica sobre como uma determinada mão deveria ser jogada. Eu ouvi em silêncio e então disse a ele uma frase: ‘Menos certeza. Mais perguntas’. Ele ficou muito irritado”.

Maria Konnikova entendeu então que não adiantaria ficar perguntando, Seidel não lhe daria o peixe, lhe ensinaria a pescar. Ela teria que aprender a pensar o poker.

Qual tipo de poker você prefere?

Quando chegou em Vegas, em novembro de 2016, ela procurou por torneios diários, queria jogar os do Aria, de $125. Seidel vetou, dizendo que ela ainda não estava preparada e que tinha que aumentar seu bankroll. Foi um banho de água fria e ela teve que se contentar em jogar torneios até $60 em cassinos como o Golden Nugget, Excalibur e no extinto Mirage. Ela então teve as primeiras epifanias, que o poker era como a vida: aqui estão os jogadores passivos, os jogadores agressivos, os jogadores conservadores, os jogadores soltos. Há quem goste de beber. Há quem goste de jogar e nunca desistir. Há os que estão de férias e só querem se divertir, os que levam a sério e querem ganhar, os que querem tirar vantagem dos outros e os que simplesmente querem fazer alguns amigos. Existem os faladores, os perseguidores, os valentões, os amistosos. Ela anotava tudo para seu livro.

O cassino Aria sempre será lembrado por Maria

Depois de várias derrotas e mais aprendizado, afinal, o poker é majoritariamente feito de fracassos, finalmente veio a primeira vitória. Um torneio de $60 no Planet Hollywood, que viraram $900. A vitória deu a ela “o direito de jogar no Aria”, o tão sonhado torneio de $125. Veio um segundo lugar, $2.215 de prêmio e o nome no Hendon Mob pela primeira vez.

Foi em janeiro de 2018 que a vida de Maria Konnikova deu uma louca guinada. Depois de jogar bastante em 2017, ela finalmente conseguiu os dois maiores resultados de sua curta carreira. No PCA, com direito à torcida de Seidel, ela venceu o $1.650 PCA National, passando por uma mesa final com Chris Moorman e Harrison Gimbel. No heads-up, ela derrotou um profissional de mid stakes dos EUA, Alex Ziskin. O título rendeu a ela $84.600 e um Platinum Pass. Na sequência, ela emplacou um 42º lugar no Main Event de $10.000, embolsando mais $22.000.

Os resultados mudaram drasticamente os planos de Maria. Ela decidiu virar profissional e adiou o lançamento do seu livro. Sua história chamou a atenção do PokerStars, que a contratou para seu time de embaixadores. O casamento durou um ano e meio, terminando no fim de 2019.

O fim do contrato com o PokerStars coincidiu com o término do livro adiado. No final, Maria Konnikova percebeu que ela é realmente uma escritora e estudante do comportamento humano e, em última análise, o objetivo era transformar sua incrível jornada em uma receita para criar lições inestimáveis. Ao terminar o The Biggest Bluff, ela aprendeu que a habilidade é suficiente, na vida e no poker: “Cartas ruins aparecerão em nossa jornada, mas manter o foco em como as jogamos, e não no resultado, é o que nos manterá avançando pelos caminhos difíceis, até que a sorte mais uma vez apareça em nosso caminho”.

Maria ainda continua jogando poker. Ela ficou ITM no Main Event da WSOP no ano passado e chegou em 30º lugar no Main Event do PCA deste ano. Ela já soma $450.000 em ganhos na sua carreira. O poker pode ter se tornado um hobby, mas é algo que vai acompanhá-la para o resto da vida.

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