Fedor Holz é um dos maiores nomes da história do poker mundial. Tanto ao vivo quanto on-line seus resultados são impressionantes. No ano passado, ele participou do Poker Stories, podcast da Card Player, e deu uma entrevista muito interessante.
Primeiramente, gostaríamos de falar um pouco sobre suas origens no poker. Ouvi em outro podcast que você disse que não começou a jogar poker até os 16 ou 17 anos, mas que você vinha desenvolvendo habilidades para o poker há anos. O que você quis dizer com isso?
Fedor Holz: Eu sempre adorei jogos, de estratégia, de computador, xadrez etc. Acho que esse tipo de mentalidade é muito benéfica quando você entra no poker. É comum você ver diversos profissionais que começaram no Magic: The Gathering , StarCraft ou outros jogos competitivos. Quando você tem esse tipo de atitude e mentalidade, realmente ajuda muito entrar em um novo jogo.
Antes de poker, você era muito competitivo?
Holz: Acho que sim, a verdade é que eu simplesmente adoro jogar. Não é tanto sobre vencer. É mais sobre a sensação de quando as coisas dão certo, quando você percebe que acabou de aprender algo novo. Você acabou de fazer algo excepcional e meio que desbloqueou o próximo nível, e já fica ansioso até a "próxima fase". É uma sensação incrível.
Como você foi apresentado ao jogo? Porque você nasceu em 1994 e a Black Friday foi bem na época que você dava seus primeiros passos no jogo. A Alemanha não foi muito afetada, mas...
Holz: Na verdade, o impacto foi enorme na Alemanha. De repente, os jogos ficaram duas vezes mais difíceis. Porque, geralmente, quando você olha para a distribuição de jogadores no mundo, nos Estados Unidos, o poker é muito mais um jogo de entretenimento. Quando você tira todos esses jogadores do ecossistema de uma só vez é muito impactante.
Houve algum jogo de cassino que lhe direcionou para o poker?
Holz: Eu nunca fui muito de jogar em cassinos. Já até me diverti jogando ao vivo, mas que sempre joguei envolvendo dinheiro foi o poker.
E esse processo foi como um peixe sair nadando? Foi natural ou demorou um pouco para se adaptar ao poker?
Holz: Fui um jogador perdedor por mais ou menos dois anos. Depois, um jogador vencedor, mas mediano, nos limites baixos e médios, e novamente um jogador perdedor nos limites altos. Eu continuei jogando mais caro do que provavelmente deveria, mas apenas porque é eu queria ficar melhor, sempre me desafiando. Então, em algum momento, não havia limites mais altos do eu estava jogando... e eu estava ganhando. Acho que foi depois de três anos que comecei a ganhar nos limites mais altos.
As pessoas têm a impressão de que você simplesmente resolveu se aventurar no High Rollers. Elas achavam que você tinha surgido do nada, mas você já tinha uma premiação de US$ 1 milhão de dólares, quando você venceu o Main Event do WCOOP 2014, certo?
Holz: Bom, eu era um regular decente de limites médios em 2012. Em 2013, eu decidi jogar high stakes e fui muito bem. Em 2014, eu estava no meu auge e era um dos melhores jogadores do on-line. Depois disso, passei a jogar os high stakes ao vivo.
– Você foi para a universidade certo, qual era o objetivo lá?
– Sobreviver, sabe? Eu só fiz isso porque eu realmente não sentia que tinha opções reais. Havia basicamente duas opções na minha mente. Uma era tirar um ano de férias fora e a segunda opção era ir estudar, então eu realmente não achava que havia muitas opções. E eu não estava muito animado com nada específico. Eu sempre gostei de arquitetura, mas essa ideia não foi muito bem vista... Eu não conseguiria ganhar muito dinheiro com isso. Então eu estava tipo, Ok, vou largar isso. E eu estudei ciência da computação, basicamente. E eu não gostei desde o início. Então comecei a jogar poker cada vez mais.
– O poker era apenas algo que você fazia para passar o tempo ou achava que tudo bem, isso poderia se transformar em uma carreira séria?
– Eu nunca pensei sobre a questão da carreira até ganhar dinheiro com isso, que foi muito depois que eu comecei, tipo, eu sabia que queria jogar mais, mas não pensava em ganhar a vida com isso. Eu só jogava porque eu queria jogar, não porque achasse que ganharia uma certa quantia de dinheiro com isso.
– Você contou uma história sobre seu pai lhe dar dinheiro para tirar sua habilitação.
– Sim. Joguei poker com ele. Eu nunca precisei contar isso a ele.
– Você tinha 16, 17?
– Sim 17. Então ele diz, é hora de ir ao DMV, ou algo assim. Na Alemanha você pede a carta e obtém sua licença e precisa depositar imediatamente online. Bem, basicamente, não o valor total, era meio que meus, talvez, você sabe, 500 euros em meu nome. E eu realmente não estava com vontade de tirar minha habilitação. Eu realmente não precisava daquilo. E então eu apenas decidi. Deixe-me jogar online com esse dinheiro.
– E esse depósito foi positivo?
– Eu diria que provavelmente não, quer dizer, no longo prazo, sim. Mas a curto prazo. Eu estava sempre vagando em algum lugar entre, você sabe, menos 1k. Peguei emprestado algum dinheiro com um amigo que estava indo bem no poker, uns 2k euros ou algo assim. Então eu acho que o ponto mais baixo foi menos 2k. E então esse foi o meu primeiro ano em tempo integral ou segundo ano em tempo integral. E demorei um pouco para começar a lucrar e depois de algumas pequenas vitórias eu tinha talvez 5k ou 8k de banco. Aí eu perdi 80% disso. Em um evento ao vivo. Nunca esquecerei, ganhei um evento ao vivo no cassino Kings e pensei que agora eu era o melhor. E no evento seguinte eu perdi 80% desse valor e fiquei tipo, Ok, talvez eu não seja. Então, eu estava de volta ao bankroll de talvez 2k, e então eu realmente senti que precisava sair de lá. Então reservei um voo para a África do Sul. Viajei mochilando, viajei pela Europa, viajei pela Ásia, e quando voltei, de alguma forma, a jornada para a lua começou, eu embarquei e daí em diante, acho que nos próximos seis meses, eu shippei todos os torneios que toquei, basicamente.
– Eu acho que é importante que as pessoas saibam que você teve que lugar em um ponto da sua carreira. Houve algum momento em que você pensou em desistir? Porque eu sei que você mencionou que em 2012 você estava no vermelho, você tinha apenas US$ 1.000 com você. Houve um ponto em que você pensou… tudo bem, talvez eu tenha que procurar um emprego de verdade.
– Eu nunca pensei em conseguir um emprego. Eu não sei para ser sincero. Eu pensei em estudar novamente, algo diferente talvez indo para uma outra cidade, mas eu nunca pensei sobre isso, eu achava que se eu continuasse fazendo isso e com esperança de dar certo de alguma forma. Eu acho que no momento em que eu tive 50k no meu nome, a partir de então, sempre me senti muito tranquilo como se eu nuncative tivesse perdido. Obviamente, perdi grande parte do meu bankroll em alguns momentos, mas nunca foi perigoso. Como eu tive momentos em que eu fui, eu não sei de 1.5 milhão para 800k, mas nunca em nenhuma situação de perigo. Então eu sinto que eu era um jogador muito lucrativo... E eu não estava gastando loucamente, ou tudo estava voltando para investimentos no poker ou jogando torneios, então era apenas uma questão de tempo para ter sucesso, eu acho.
– Então em 2014 você fez aquela viagem ao redor do mundo para clarear a cabeça e se mudou para a Áustria. Tenho certeza que ajudou um pouco – uma mudança de cenário?
– Sim, com certeza.
– E em 2013, seus pensamentos eram – ok, onde estão os jogos mais suaves que posso encontrar? Oh já sei. São os torneios com buy-ins mais altos disponíveis. O que lhe deu a confiança de que você poderia entrar lá, sabe, sem preparação e se envolver com essas pessoas?
– Acho que é muito difícil dizer, sabe, esse foi o caminho porque havia muito no meio, senti que estava vencendo todos os torneios online, o que foi um passo muito importante. E eu estava sempre jogando torneios ao vivo, as pessoas parecem esquecer isso. Mas então, você sabe, eu joguei centenas de torneios ao vivo, e provavelmente tive mais volume do que a maioria dos jogadores tem. Joguei de 50 a 150 torneios ao vivo todos os anos, por alguns anos. E eu acho que as pessoas começaram a me notar quando eu comecei a ganhar coisas ao vivo também. Na minha cabeça eu já era no minimo, muito, muito bom. Acho que não joguei tantos super high rollers assim, e sim, eu não tive, você sabe, premiações malucas e definitivamente demorei algum tempo para me acostumar, você sabe, com o metagame e os high rollers e com os outros jogadores.
– Foi um começo lento nos high rollers?
– Foi terrível. Sim, essa foi a vez que perdi metade do meu bankroll porque… do lado de fora parecia que eu estava indo bem, mas eu estava apenas pegando posições razoáveis em muitos torneios high stakes e eu realmente não consegui nada em 12 meses ou algo assim. E comecei a duvidar de tudo o que estava fazendo, mas acho que consegui dar a volta por cima.
– Parece que o momento da virada foi talvez Monte Carlo?
– Parece que sim, mas aquela foi uma viagem financeiramente negativa. Sabe, parecia assim. Você recebe um prêmio de 300k, mas no final de um prêmio de 300k, eu fiz 50k de lucro para mim ou algo assim, e se você olhar para todas os tiros que eu estava dando, não chega a ser um grande divisor de águas. Eu diria que o divisor de águas absoluto foi Macau em novembro ou outubro de 2015. E depois em dezembro o WPT Alpha8 onde ganhei e depois as Filipinas em geral. Então esse foi o momento em que as coisas começaram a engrenar.
– Bem, vamos falar sobre os buy-ins porque nesse ponto, você está dando buy-ins de seis dígitos e, eventualmente, um buy-in de sete dígitos. Alguma vez você titubeou com essa quantidade de dinheiro? Ou é apenas o bilhete de entrada para participar daquele torneio na sua cabeça? Como você pensava sobre dinheiro naquele momento?
– Eu nunca pensei muito sobre isso porque no final não faz diferença, certo? Só que existem adversários e eu tento analisar como eles jogam. Existe uma maneira ideal de jogar. Analisar como eles jogam e então eu identifico onde explorar para tirar o máximo de onde eu acredito que eles cometem erros. E esse foi o mesmo processo em um torneio de 5k ou 100k. Então, quando eu comecei a jogar com buy-in de 500k ou de um milhão de dólares, eram os mesmos jogadores que você já conhece mas em número diferente, então eu sempre tentei me concentrar em jogar bem, como se não houvesse muito que eu pudesse fazer diferente.
– E o dinheiro já passou pela sua cabeça em uma mesa final?
– Já houve momentos em que ele desempenhou um papel. Vamos dizer que qualquer coisa que fosse mais de 50% do meu bankroll é quando começa a se tornar substancial. Você sabe, dobrar seu bankroll em um torneio, especialmente no início da minha carreira, era uma loucura. Eu não acho que isso tenha afetado tanto o meu jogo. Na verdade, eu diria que foi um dos meus pontos fortes apenas jogar bem e não me importar tanto com isso. Mas emocionalmente era uma loucura. Tipo, quando me lembro de arrumar, você sabe 100k quando eu tinha um bankroll de 40-50k, era emocionalmente muito louco.
– Seu registro final é notável. Você tem em torno de 90 premiações ao vivo em sua carreira e 17 foram vitórias além de uma tonelada de vices. Então, quando você entra no dinheiro, você vai longe. Isso é apenas devido à maneira como você joga torneios? Ou você acha que tem alguma vantagem substancial quando o torneio chega na reta final?
– Sim, acho que tem um papel importante, certo? Eu deveria provavelmente ficar em primeiro duas vezes mais do que em segundo ou algo assim. Apenas por causa de onde eu acho que a vantagem está e como eu jogo, é apenas a maneira que eu penso em como maximizar o EV, especialmente naquela época. As pessoas jogavam muito tight, quero dizer, ainda jogam, mas naquela época era ainda mais louco.
E se você pensar sobre isso, faz sentido, certo? Se as pessoas jogam muito tight, isso significa apenas que elas aumentam suas chances de ficar em segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto e eu estava fazendo o oposto. Acho que o jogo ideal era jogar de forma mais agressiva, então aumentava minha chance de ficar em primeiro e jogava de forma mais agressiva. Eu caí com mais frequência em mãos onde outras pessoas não cairiam, mas também fui o primeiro com mais frequência, então isso representa sim um papel enorme.
– Você ganhou seu primeiro bracelete em 2016 no torneio One Drop com buy-in de $ 111.000 e faturou $5 milhões. Quais eram seus pensamentos naquela época ou até mesmo sobre o WSOP e o prestígio por trás do bracelete, se é que existe algum para você, ou é tudo pelo dinheiro?
– Significou muito. Você sabe, ganhar torneios é sempre bom e quando tem muito em jogo… é emocionante, é um alívio, sim, é ótimo. Então foi muito, muito emocionante, realmente incrível, uma incrível injeção de endorfina e é uma sensação indescritível que eu tive, sabe, cinco a dez vezes em toda minha carreira e essa foi uma das melhores lembranças da minha carreira no poker .
– Você ganhou $34 milhões, de acordo com nossos sites de rastreamento, mais outros 10 milhões online. Eu sei que você disse que comprou uma casa para sua família. Alguma outra grande aquisição?
– Eu investi muito dinheiro. Então comprei imóveis em Viena e na Alemanha, algumas criptomoedas, algumas ações, muitos investimentos em empresas. Na verdade, eu comecei algumas das minhas próprias empresas. Eu investi em empresas de outras pessoas mais como investimentos de anjo. Mas realmente, nada muito caro pessoalmente. Minhas despesas são principalmente para viagens, alimentação e experiências agradáveis, mas nada muito louco, eu diria que a maioria é para voos e hotéis.
– Mas você não comprou nada estranho e extravagante como um carro legal? Um belo relógio? Você não arrumou pra você aquela carteira de motorista?
– Haha, em Viena você realmente não precisa de um. Mas além disso, nenhum carro, nada específico. Eu diria que o gasto mais louco para mim foi sair para festejar em Las Vegas ou Miami umas três ou quatro vezes. A noite mais cara foi talvez 25k ou algo assim. Eu só fiz isso três ou quatro vezes na minha vida e sempre foi para descobrir o que as outras pessoas estavam fazendo. Eu percebi que não era a minha praia, você sabe, mas eu amo música e alguns dos meus amigos são DJs, então eu adoro ir até a cabine com eles e apenas curtir a música e eu realmente prefiro beber água e relaxar ao invés de gastar muito dinheiro em bebidas ou qualquer outra coisa.
– Se houvesse uma melhor oportunidade em cash games, você teria seguido esse caminho também?
– Sim, embora precise ser um tipo específico por causa da repetitividade do poker. Eu não gosto muito, não sou o tipo de cara que apenas faz algo dia após dia, acabo ficando entediado. É isso que eu amo sobre jogar mesas finais porque é realmente desafiador e sinto que estou no limite.
– Eu sei que durante a pandemia você se saiu muito bem. Você ganhou seu segundo bracelete junto além de um milhão de dólares nos eventos heads-up e também terminou em primeiro e segundo em dois eventos paralelos WSOP além de se sair muito bem no GG poker. Como estava sua motivação naquela época para voltar à rotina?
– Eu joguei ativamente desde março do ano passado até março deste ano. Estou fazendo uma pequena pausa agora porque na verdade estava fazendo muitas tarefas operacionais dentro do Poker Codes. Eu assumi o papel de CEO, então basicamente estou trabalhando muito mais nos bastidores. Então eu joguei menos poker também por causa do ritmo, como você sabe, o ritmo de ir para a cama às 4 da manhã não é algo que eu possa fazer durante uma semana de trabalho.
– Você mencionou viagens, você já viu muito do mundo tanto devido ao poker quanto em viagens pessoais. Qual é o seu lugar favorito se você tivesse que reduzir a um?
– Existem alguns que posso dizer com o mesmo fôlego – Melbourne é muito legal, assim como Buenos Aires, Vancouver, Austin. Eu gosto bastante de Bali e há alguns lugares muito legais na Europa que eu gosto. Eu amo os Alpes, eu realmente amo a Áustria. Então, esses são alguns dos meus lugares favoritos no mundo.
– E o que ainda tem na sua lista de desejos que você gostaria de ver?
– 100% Japão. Eu realmente quero ir. Eu queria ter ido no ano passado, mas não fui na época. Assim que for possível, quero ir para o Japão.
– Temos algumas perguntas rápidas para encerrar, se você estiver pronto?
– Claro.
– E o maior pote que você já ganhou ou perdeu?
– Em termos de equidade em torneios, é provavelmente o flip de 1 milhão contra Justin Bonomo. Em cash games, acho que foi um pote de 1,5 milhão de euros ou algo assim. 1.6 talvez.
– Sim. falando sobre o heads up perdido para Bonomo em 2018 no Big One for One Drop de US $1 milhão. Há alguma situação em que você ainda pense que gostaria de poder ter a mão de volta?
– Eu diria que comparado a outras pessoas, quase nunca. Se você me perguntar agora, acho que no máximo provavelmente são duas mãos contra Justin Bonomo haha. Um em que ele me deu um slowroll com os nuts no Triton Super High Roller 300k que foi realmente doloroso. São apenas mãos calorosas, sabe, e eu gosto realmente de estar na ação e jogando, acho que muito bem e então quando você passa por essa montanha-russa emocional quando acontece aquela mão apertada, pois as vezes ele terá a melhor mão. Mas então quando você passa por aquele momento, aqueles 5 ou 10 segundos onde ele não dá um snap call, eu sei que ganhei. E aí ele pensa por cerca de 3 minutos e paga. Então, quando é um pote de US$ 1 milhão ou US$ 1,5 milhão, às vezes é muito emocionante.
– Qual foi a melhor troca ou compra de cota que você já teve de alguém?
– Esta é uma boa pergunta. Quer dizer, é uma resposta fácil, na verdade. Estou surpreso por ter pensado nisso como a melhor ação que tive em 2013 – eu comprei ação do meu amigo e ele ganhou o Main Event do WCOOP por 1,3 milhão, então isso foi um grande impulso para minha carreira e isso foi muito, muito importante.
– Qual foi o lugar mais estranho que você já jogou poker valendo dinheiro?
– Eu joguei poker por muito dinheiro em uma mesa de plástico em um quarto de hotel aleatório por algo em torno de $150k ou algo assim. Ele era apenas um empresário recreativo e disse, tipo, ei, vamos jogar 400k, e eu respondi tipo, claro. E nós apenas negociamos nosso próprio sit and go. Foi divertido
.
– Qual foi sua maior aposta fora do poker?
– Acho que duas de 100.000 devem ter sido minhas maiores apostas. Eu diria que a maior aposta que fiz foi no Mayweather contra o McGregor. E a outra que foi bem próximo disso foi nos Buccaneers vencerem o Super Bowl no ano passado.
– Você usa fones de ouvido na mesa, sim ou não?
– Ás vezes uso. Sim.
-E quando usa o que escuta?
– Antes de um torneio às vezes eu gosto de hip hop alemão, tropical house, músicas mais melódicas. Às vezes, música de piano, tudo depende de você sabe, qual é o ambiente? Como está minha mente no momento? Então sempre depende um pouco.
– Você tem um álbum favorito?
– Eu diria Red Hot Chilli Peppers, Californication, e há um álbum do Rage Against the Machine também. Eu diria que são meus álbuns favoritos quando eu ainda ouvia álbuns, quando eu tinha 14,15,16 anos era um pouco mais rock do que sou hoje.
– Você tem um talento escondido?
– Hum, aparentemente eu tenho isso com minha namorada frequentemente – Eu sou muito rápido em identificar as coisas. Por exemplo, no aeroporto há uns 500 voos lá, e eu levo dois segundos para ver o que estamos procurando. Mesmo contando fichas, sempre achei estranho como as outras pessoas têm tanta dificuldade com isso. Para mim, sempre fui bastante preciso com as fichas que as pessoas têm, fazendo apenas uma contagem visual e uma estimativa.
– E o seu filme favorito?
– Eu realmente gosto de filmes com profundidade ou reviravoltas ou algo assim. Gosto muito de “O Grande Truque”. É um filme realmente ótimo. E depois há mais, você sabe, produções de Hollywood. “A origem”, eu também gostei bastante.
– Tudo bem, qual é o seu bem mais precioso?
– Provavelmente meu relógio, eu acho. É mais emocional. Eu não tenho muitas coisas na verdade com as quais eu me importe muito com elas para ser honesto. Gosto muito do meu apartamento, sinto-me em casa aqui e depois meu relógio que comprei depois do meu primeiro big hit online. Então, de alguma forma, é uma espécie de memória emocional neste momento.
– Qual é a coisa mais divertida que você assistiu, leu ou ouviu desde a quarentena?
– Casa de Papel, não sei como se chama em inglês (Money Heist). É realmente muito bom se você não assistiu.
– O que te deixa irritado na mesa?
– Eu diria que o que mais me irrita é quando as pessoas fazem coisas idiotas e pensam que são absolutamente ótimas. Essa sempre foi a coisa mais difícil para mim.
– Você é supersticioso?
– Não, não, realmente não.
– Você gosta de dizer às pessoas que você é um jogador profissional de poker? Ou você diz às pessoas que você é o CEO de uma empresa?
– Não, na verdade não digo nenhum dos dois. Só digo que não sei. Eu trabalho. Depende da vibe. Então, se eu estou, você sabe, se eu quero me conectar com a pessoa e sinto que estou numa vibe “falante”, talvez eu diga, mas se não, eu apenas digo que sou autônomo ou algo do tipo.
– Você tem uma previsão ousada para o futuro do poker?
– Acho que o poker ao vivo vai bombar. Essa é a minha previsão ousada. Acho que veremos alguns grandes torneios ao vivo surgindo com muita ação.
– Terminamos o podcast sempre com uma pergunta do gerador de perguntas aleatórias. Que tendência atual você espera que continue por muito tempo?
– NFTs porque eu acho que NFTs são muito, muito emocionantes. Então, eu adoraria ver essa tendência disparar daqui para frente.
– É, não sei nada sobre elas, mas o fato de você se interessar por me faz sentir que deveria me interessar. Se Fedor está fazendo isso, talvez valha a pena investigar. Muito obrigado por vir ao podcast e compartilhar as histórias.
– De nada. Foi muito divertido. Obrigado pelo tempo.
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TAGS: ENTREVISTA, HIGH ROLLERS, FEDOR HOLZ, NFTS
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