Através do poker, me tornei milionário aos 20 anos, e aqui está como isso aconteceu.

Antes de tudo, comecei a jogar poker por volta dos 17 anos. Queria jogar com os amigos do colégio, mas praticamente ninguém queria jogar comigo. Joguei com um amigo, rasgando pedaços de papel para usar como buy-ins de $10. Fiquei cerca de $80 no lucro e tentei cobrar dele, mas ele não me pagou. E como ninguém queria jogar comigo, fiquei sem opções.

Por algum motivo, eu não conhecia o poker online ou achava que era novo demais, por ter só 17 anos. Então me juntei a um grupo de pessoas — não exatamente amigos — e comecei a jogar $0.50/$1 e depois $1/$2 na vizinhança. Descobri um jogo deles e depois outro jogo próximo, também de $1/$2. Tomei uma surra; perdia o tempo todo. Eles eram bem melhores que eu no geral. Eu não era muito bom e estava runnando mal — perdendo cerca de 80% das vezes, no mínimo 70% — e sem nenhuma grande vitória.

Havia indícios fortes de que eu estava sendo trapaceado, mas na época isso não era tão claro. Algumas pessoas diziam que eu estava sendo enganado, mas nesse período específico não dava pra saber ao certo. No entanto, mais tarde na minha carreira, com esse mesmo grupo, ficou evidente que eu realmente fui roubado. Um deles, que era em grande parte inocente e não me trapaceou, foi o Scott "URnotINdanger2" Palmer. Quando o conheci — ele fazia parte desse grupo, e eu continuei tomando uma surra — perdi cerca de $3.000 em poucos meses.

Meus pais trancaram minha conta poupança, que tinha uns $5.000, e disseram que eu podia continuar jogando, mas teria que conseguir dinheiro por conta própria. Meu caminho para o sucesso foi bem turbulento; a maioria desses caras, que supostamente eram meus amigos, eram completos babacas comigo. O Scott era meio troll — fazia coisas como dar 3-bet em mim e jogar de olhos vendados quando achava que podia me ler. Ele largava as mãos e se escondia dentro do capuz. Também jogava mãos às cegas contra mim e virava ou alguma mão forte; no fim das contas, ele realmente tinha algo bom, fingindo que estava jogando sem olhar as cartas.

Ele achava isso divertido, mas, na real, ele era meu amigo e andava bastante comigo — especialmente quando comecei a ganhar no poker e me tornei bem mais bem-sucedido que essa galera. Mas antes disso tudo, vale falar de algumas das coisas que eles faziam — experiências que foram tanto positivas quanto negativas.

Uma dessas foi quando eles fingiram roubar meu carro se passando por desconhecidos na rua. Alguns amigos sequestraram meu carro — eu dirigia um Lexus ES300 na época — e simplesmente saíram dirigindo. Percebi que algo estava errado porque ninguém parecia muito assustado. Estacionamos na beira da estrada e os caras saíram do carro com uma arma! Então o Scott gritou: “Ah não! Eles têm uma arma, George!” — era assim que me chamavam.

Dirigimos pelo bairro enquanto o Scott repetia: “Corre, George! Corre!” Eu percebi que algo estava estranho porque tinha risadas demais pro que era pra ser um roubo! No fim das contas, os outros amigos devolveram o carro — era só uma pegadinha — e confesso que achei engraçado.

Houve outras coisas menos engraçadas depois — um dos jogadores começou a trocar as cartas do baralho. Não foi o Scott que fez isso, mas pra dar algum crédito a eles, quiseram bater a mão duas vezes. Na primeira, com trapaça, conseguiram um run-out favorável pra me dar uma bad beat; na segunda vez, eu ganhei — talvez por eles se sentirem mal por trapacear demais — o que é uma coisa boa... relativamente falando.

O mesmo jogador que estava ganhando de mim de forma justa — quando perdi $3.000 — estava ganhando uns $600. Eu ficava visivelmente irritado, dava pra ver que eu estava frustrado. Então ele começou a me dar lições, dizendo coisas como “Se você aposta num flop depois de um re-raise, que mãos você pode ter?” E eu pensava: “É... faz sentido!”

Ele me mostrava: “Eu estava blefando nesse spot.” Mesmo depois de perder $650, ele me dava conselhos como consolação. Era por isso que jogávamos — e ele me dava essas dicas de qualquer jeito — o que mostra que até quem age como babaca geralmente tem um lado positivo.

Uma história que nunca esqueço: a gente apostava — e eu não sou nada atlético; em basquete, então, pior ainda. Apostamos num jogo de basquete — esse cara, bem mais alto e atlético, achou que seria divertido me destruir. Apostou $100 contra meus $50 que faria 20 pontos antes de eu fazer um.

Já tinha jogado um pouco de basquete — não era horrível — mas, comparado com qualquer um que joga bem...

Disse: “Tá bom, parece meio louco, mas vou aceitar.” Joguei, e logo percebi que não conseguia fazer uma bandeja nele. Ele tomava a bola ou eu errava sem conseguir finalizar. Depois de umas 10 tentativas, percebi: “Droga, não vai dar assim.” Talvez até menos que isso. Mas uma coisa que percebi era que ele me dava a bola toda vez e me marcava de longe — então comecei a tentar arremessos de três pontos, que eu até mandava bem. E quando ele já estava com uns 13 pontos, acertei um e marquei o meu!

Sim, acho que não recebi o dinheiro, mas ganhei — e lembro disso mais de uma década depois.

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O bullying fica ainda pior

Outra história — uma das coisas mais absurdas que esse pessoal fez comigo — foi quando me convidaram para ir com eles para Ocean City, uma cidade conhecida por festas durante as férias de verão. Um dia, eles apareceram de carro e disseram: “Precisamos pegar o dinheiro com você.” E foram embora para Ocean City! Eu não sabia que estavam indo direto pra lá. Vou contar de outra forma — eles pegaram o dinheiro e sumiram. Mandei mensagem perguntando: “Beleza, quando a gente vai pra Ocean City?” Mais tarde, descobri que eles foram sem mim e levaram meu dinheiro — $400! Nada legal. Isso foi um pouco depois de eu ter ganhado uns $3.000.

A moral da história é um pouco diferente. Teve um cara que também me intimidava; ele me agarrava fisicamente, tipo luta mesmo. E eu reagi — sugeri que a coisa podia ficar violenta — e ele recuou na hora. Depois disso, ele resolveu se passar por policial ao telefone... e eu caí na armadilha! O tal “policial” disse: “Você tem que dar $150 pro coitado do Sean.” E eu acreditei que era real. Dei os $150. Basicamente, fui enganado de uma forma bem bizarra.

Pelo que dizem, hoje em dia ele está mais envolvido com caridade — não sei muitos detalhes — mas, se for verdade, que bom. Eu não me importo mais, mas é uma boa história. Esse mesmo cara conseguiu, de algum jeito, colocar merda no meu carro. Não me afetou muito — embora, olhando agora, tenha sido bem doentio — ele colocou merda bem na entrada do banco do motorista. Felizmente, consegui entrar pelo outro lado. Não sei como ele fez isso — é até uma façanha, meio piada contra ele mesmo — porque ele teve que andar por aí carregando cocô pra conseguir fazer isso.

Eu só entrei pelo outro lado e nem pensei muito a respeito. Aí ele me liga e fala: “Ouvi dizer que colocaram merda no seu carro.” E eu respondi: “E aí, posso ter meu dinheiro de volta?” — pergunta meio ingênua da minha parte. Sim, é meio pesado — mas eu já nem ligava.

Um detalhe divertido foi que ele realmente me enfrentava na frente de outras pessoas, de um jeito meio violento — ele era meio lutador, sabe? Me derrubava e tal, mas fazia isso na frente dos outros, tipo: “Quer lutar? Então, vamos.” Aí o que aconteceu foi que um cara melhor que ele apareceu e topou o desafio. Eles começaram a lutar ali mesmo na minha frente. Eu quase nem me importei... mas foi muito divertido ver ele levar uma surra de alguém mais forte.

Sim, foi um gostinho das adversidades que enfrentei. Ah, e durante todo esse tempo, eu estava estudando poker online — pesquisando na internet, lendo livros sobre como jogar poker. Li o Play Like the Pros, do Phil Hellmuth, e o Super System, do Doyle Brunson. Achei que eram bons materiais de estudo — e são úteis até certo ponto. Também lia artigos online, tentando entender o jogo.

Aí consegui um emprego no McDonald’s porque minhas contas estavam bloqueadas — lembram que eu tinha perdido um monte de grana? Trabalhei por cerca de um mês e ganhei uns $1.000, até que pensei: “Caralho, que merda é trabalhar em um emprego integral — ou mesmo meio período — enquanto estudo!” Porque eu estava na faculdade nessa época. Tinha que me deslocar entre o trabalho e a faculdade — cara, como isso era ruim!

Descobrindo o poker online

O que aconteceu foi que finalmente descobri o poker online — e perdi um pouco de dinheiro no início.

Perdi alguns depósitos; depositei $50 e estava feliz em jogar nos limites mais baixos possíveis para construir meu bankroll. Eu estava cansado de perder aqueles $3.000 — achava que era muita grana. Consegui subir para uns $350, mas aí minha conta foi bloqueada porque depositei usando a conta de outro cara — o nome dele era Jason. Eles marcaram minha conta (ou a dele) porque o mesmo cartão de crédito foi usado nos dois depósitos. Começaram a desconfiar do que estava acontecendo, e eu nem tinha 18 anos ainda, que era a idade legal. Então fiquei meio enrolado por um tempo.

Acabei indo de bicicleta até o DMV (Departamento de Trânsito) perto do meu aniversário, em 14 de novembro, tirei minha carteira de motorista e recuperei os $350, que finalmente tinha conseguido ganhar. E a partir daí comecei a grindar de verdade.

Esse foi o verdadeiro começo de tudo. A partir daí, comecei a jogar Sit and Go's de $5, $10, $20 e depois $30. Três meses depois, perdi $3.000, e nos seis meses seguintes fui recuperando aos poucos tudo isso. Talvez você pense, como eu pensei: “Caramba, mano... eu não fiz praticamente nada no poker ainda.” Eu li a história do Dani 'Ansky' Stern, que basicamente explodiu e ganhou uma grana absurda rapidinho. Ele ganhou um torneio de alguns milhares de dólares, sei lá, e eu pensava: “O que eu estou fazendo? Esse jogo é uma droga.” Fiquei meio desanimado... mas aí, adivinha? O destino agiu. Ganhei um torneio de $5.000! Fiquei em choque! Era um torneio de buy-in de $24 e venci ele inteiro, levando $5.000. Devia ter cerca de mil jogadores, e ganhei com minha mão “assinatura” na época — Rei-Quatro off-suit. Eu blefei um cara e mandei na cara dele. Foi um blefe insano, e de alguma forma ganhei o torneio com exatamente essa mão.

Depois disso, eu tinha meus $3.000, mais os $5.000 — era uma grana enorme pra um estudante universitário de 18 anos. E pensei: “Bom, nada mudou muito — só dei sorte e ganhei um torneio.” Como eu era um bom jogador de poker (ou achava que era), saquei os $5.000. Finalmente eu tinha dinheiro, e daí pra frente, nunca mais comi só arroz branco ou qualquer porcaria que comia antes. Investi em uma assinatura do CardRunners.com para melhorar meu jogo e aprender mais. Isso, na verdade, foi um dos momentos-chave em que tudo começou a decolar.

Logo depois, eu já tinha um bankroll considerável. Estava jogando buy-ins de $50, subindo nos limites. Descobri o heads-up poker, e acabei jogando contra um cara em $250/$500 e ganhei uns $350. Acho que foi isso mesmo — fiquei tipo: “Mano, tem dinheiro de verdade aqui!” $350! E os caras jogavam mal. Decidi que ia focar em heads-up poker. Assistia aos vídeos no CardRunners — via caras jogando high stakes como o L.J. Jones em $2/$4, o Cole South em $50/$100, $100/$200, até $1.100/$2.200. Eu pensava: “Meu Deus, esses caras devem ser muito bons! Preciso aprender todos os segredos deles.”

Continuei grindando, e então subi rapidamente para $50/$100. Depois subi para $1/$2 em pouco tempo. Já tinha uma grana séria — devia ter uns $8.000 online. Comecei a ganhar mais de $50 por hora; a coisa estava ficando séria. Em alguns momentos, talvez até $100 por hora. Eu acompanhava tudo no PokerTracker — acho que era o que usava na época. Via minha taxa horária e pensava: “Cara, isso é dinheiro de verdade! Que loucura!”

Então subi para $2/$4. Meus pais arrumaram um estágio pra mim em que basicamente eu ficava sentado o dia todo sem fazer nada. Foi um saco — talvez eu pudesse jogar poker online, mas não joguei. Só ficava lendo o CardRunners.com. Ganhava A$17 por hora; levei algumas semanas pra juntar $2.000. E aí consegui fazer $2.000 em um único dia jogando $2/$4. Parecia que isso era a melhor opção pra mim — ainda na faculdade, durante as férias de verão. Isso foi em 2009; lembro de jogar $2/$4 — grana séria, mais de $100 por hora. Isso sim era dinheiro de verdade pro “mundo real”.

Na real, consegui fazer $4.000 em um único dia. Logo depois, recebi um convite para jogar heads-up com um cara que estava fora da cidade. Me chamaram pra ir na casa dele. Até hoje não sei exatamente quem me trapaceou, mas o que aconteceu foi que joguei heads-up contra esse cara e perdi $4.000 numa única mesa. Tinha gente assistindo e comentando coisas do tipo: “Olha, George, ele tem jogo bom,” e o Joey, claro, dava check-fold, mas quando eu não tinha nada, ele metia ficha como um maluco. Ele jogava num estilo meio doido, e, como eu disse, acabei perdendo $4.000 desse jeito.

Consegui recuperar os $4.000 perdidos em apenas um dia jogando $2/$4, de forma justa. Mais tarde, descobri que alguém admitiu que eu havia sido trapaceado naquela sessão. Admitiram — e quando descobri, pensei: “Ah, interessante.” Hoje acho até “fofinho” em retrospecto. Lembro que jogar $2/$4 não me impediu de subir de limites. Nunca recuperei aquele dinheiro, mas tudo bem.

Consegui então jogar $3/$6 e subir para $5/$10. Nessa altura, eu já tinha entre $15.000 e $20.000. Sei que caí de volta para cerca de $20.000 em algum momento, mas depois subi para $30.000 jogando $5/$10, e logo fui para $10/$20. Quando eu tinha 19 anos, já estava com $100.000 jogando $10/$20.

Nessa época, o Scott e eu éramos amigos. Saíamos um pouco com um cara chamado Ed, que era um dos melhores jogadores do jogo. Joguei um pouco com ele em $1/$2. O Ed era bem arrogante comigo e chegou a me xingar diretamente. Me pergunto se alguém ainda quer jogar com ele hoje em dia. Ele era muito bom no sinuca e bastante inteligente, na minha opinião. Isso deve ter sido no fim de 2008; eu devia ter 19 anos.

Classificação dos jogadores
4.5
Jogadores online
500
Bônus de depósito
-
Cliente Mobile
Softwares auxiliares
Outros
Jogue em USDT (criptomoeda)
Rake races regulares
Bônus do GipsyTeam
90% de rakeback
Classificação dos jogadores
4.5
Jogadores online
2,400
Bônus de depósito
100% até $1,000
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Outros
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Overlays em torneios
Jogue com americanos
Bônus do GipsyTeam
Pagamentos adicionais para jogadores ativos
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Subindo os Limites até os Milhões (e o Encontro com o Isildur)

Avançando para 2009, continuei subindo nos limites. Já tinha me afastado da maioria daquele pessoal. Estava na faculdade e era meio solitário naquela época. Focado em uma única coisa: poker. Aliás, uma das chaves para ganhar muito dinheiro é justamente essa — estar 100% focado em uma única coisa.

Subi para $25/$50 e levei uma surra do Luke Schwartz no começo. Depois, voltei e consegui vencê-lo jogando $25/$50. Foi aí que o dinheiro ficou realmente sério — bankrolls de mais de $1.000 por mão.

Não lembro de tudo que aconteceu nesse meio-tempo, mas tive uma ascensão meteórica. Comecei a jogar contra vários dos instrutores de quem eu costumava assistir aulas, como o L.J. Jones. Ganhei um pouco, nada absurdo. Joguei contra ele, mas ainda não enfrentei o Cole South nessa época. Enfrentei outros jogadores em $25/$50 e limites semelhantes. Joguei contra o Tom Dwan em algum momento, e também contra o Tom Marchese, que é um dos melhores. No final de 2009, crushei o Spirit Rock, mas contra o Tom Marchese a coisa não foi tão boa. Joguei contra o Aaron Jones — esse sim, ganhei uma boa grana dele. O Lucky Chewy bateu os dois, se não me engano. Também enfrentei o CR, cujos vídeos eu via no DeucesCracked — e ele, acredito, me venceu. Contra o White Line, não tenho certeza do resultado, mas acho que ganhei.

Também joguei contra outros instrutores do grupo do A.J. — alguns campeões do FTOPS, gente que ganhava torneios. Era uma época em que jogadores não tão bons ainda participavam dos jogos high stakes.

E então joguei contra o Viktor Blom (Isildur1) em $25/$50. Eu não sabia quem ele era — só um sueco qualquer. Na verdade, cheguei a vencê-lo em $100/$200 e, enquanto subia para $500 e depois $1.000, foi aí que finalmente me tornei milionário aos 20 anos de idade. Joguei contra o Isildur1, e achei que tinha edge — talvez até tivesse. Mas foi uma das piores sessões da minha vida: perdi $500.000 — metade da meu bankroll — em um único dia para ele. Foi realmente brutal.

Phil Galfond conta a história de Isildur1, o lendário jogador de poker sueco que alcançou o estrelato imediato com sua agressividade fora do comum.

Leia

Então, cheguei ao meu primeiro milhão, perdi $500.000… e adivinha? No dia seguinte, joguei contra o Z Justin e perdi mais $110.000. Minha mente estava girando, e eu pensava: “Que diabos eu vou fazer agora?” Mas essa é a história: eu fiz um milhão de dólares e consegui colocar a cabeça no lugar depois disso. Assim que atingi um ponto alto, claro, fui derrubado imediatamente. É como uma montanha-russa — um super high e um super low. Mas consegui me organizar e pensar: “Ok, ainda tenho mais de $300.000 aos 20 anos.” Então, no fim das contas, as coisas estavam indo bem — bem até demais.

Ganhei alguns torneios, recuperei uma parte da grana, e comecei a ser muito mais seletivo na escolha dos jogos. Isso é extremamente importante quando você está sendo espancado pela variância e entrando em uma downswing.

Consegui dar a volta por cima. E aí veio 2010 — o ano seguinte — que correu muito bem, pelos padrões de qualquer um. Minha taxa horária de lucro chegou a cerca de $10.000 por hora. Eu sentia que passava domingos inteiros grindando, jogando uma tonelada de torneios… e perdendo tudo. Mas, de alguma forma, no fim do ano, eu tinha sido o maior vencedor do mundo, com cerca de $5 milhões de lucro.

Esse foi o ano em que joguei contra todos aqueles de quem aprendi no começo — e venci a maioria deles, ganhando uma fortuna. Enfrentei Cole South, Brian Hastings, Taylor Caby — todos os caras do CardRunners — e me saí bem. Foi aí que começou minha ascensão meteórica, minha chegada à fama.

Joguei contra o Tom Dwan, venci ele por uma quantia enorme, e então ele me desafiou para o Durrrr Challenge, o que mexeu bastante com meu psicológico. Depois disso, perdi ainda mais dinheiro jogando contra o Patrik Antonius e o Phil Ivey.

A CNBC soltou uma entrevista com Daniel Cates. O material é voltado para o público mais amplo possível, mas achamos que seria interessante também para os leitores do GipsyTeam, complementado com detalhes da carreira do americano.

Leia

A moral da história de jungleman

No fim das contas, consegui sair por cima. E a moral dessa história é: mesmo que o começo seja difícil, mesmo quando tudo parece sem direção, não significa que você está perdido. Na verdade, toda a merda que acontece acaba servindo para enriquecer a narrativa — é isso que torna a história memorável, na minha opinião.

Se não houver algo bagunçado, desafiador, então também não há nada digno de ser conquistado.

Apesar de tudo que as pessoas fizeram comigo, a maioria delas tinha algum lado bom — acho que praticamente todo mundo com quem cruzei tinha algum aspecto positivo. E mesmo que tenham feito muitas coisas erradas, no fim das contas, as coisas não saíram muito bem para eles — pelo menos relativamente falando.

No fim das contas, as estratégias mais bem-sucedidas são, na verdade, as mais gentis — ou, digamos, as mais corretas — porque visam o longo prazo. Mas, sim, você precisa se defender quando alguém faz algo errado — tem que revidar. Não é pra aceitar passivamente. Isso, no fim das contas, é até parecido com uma estratégia GTO: equilibrada e racional.

Sinceramente, nunca achei que teria tanto sucesso — que me tornaria basicamente uma lenda do poker — especialmente quando as coisas estavam indo tão mal no começo.

Tudo começou com o desejo de ser livre e de jogar. E aqui estou. Por isso, essa é parte da minha motivação para continuar apoiando o sonho do poker. E essa é a esperança que deixo: que todos vocês também possam escapar da possibilidade de uma vida presa em um emprego de 9 às 5, esmagador, e consigam alcançar o sucesso extremo no poker através da sua própria ascensão meteórica.

Estou apoiando esse sonho com o projeto The Jungle Verse, com meus textos, e ajudando a criar condições para que vocês também possam seguir o sonho do poker — e os seus próprios sonhos.