E aí, galera! Como vocês estão? Depois de um tempinho sumido, estou de volta para contar a última parte da nossa jornada. Enquanto escrevo esse texto, o BSOP Millions já chegou ao fim. Eu participei do Main Event e até consegui passar para o Dia 2, mas foi tudo tão padrão que não vou me estender muito aqui. Vou resumir como foi minha breve aventura no torneio principal.

Torneio foi o maior da história da América Latina.

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Bom, sentei em uma mesa com jogadores bem cautelosos. A vantagem disso é que dá para ganhar alguns potes pequenos e manter sua pilha de fichas saudável. A desvantagem é que é difícil acumular muitas fichas nos primeiros níveis, a não ser que você dê sorte e encontre alguns coolers ao seu favor. Eu até ganhei alguns potes pequenos, mas acabei perdendo outros grandes.

A única mão interessante aconteceu no final do dia, contra o líder em fichas da mesa, que estava acertando tudo e tinha mais de 150 big blinds.


Na mão em questão, o UTG deu mini-raise, o small blind pagou e eu defendi o big blind com , tendo apenas 15 big blinds para trás. O flop veio e todos optaram por não apostar.

No turn, veio um , e depois do small blind passar a vez, decidi apostar, acreditando que tinha a melhor mão e também para protegê-la, já que o jogador do UTG poderia ter mãos com muitas cartas altas, como , , , , . Apostei 1,5 big blinds (talvez devesse ter apostado um pouco mais, mas pensei em extrair valor desses tipos de mãos). O UTG pagou e o small blind desistiu.

No river, um , completando minha sequência. Nesse momento, eu tinha que tomar uma decisão, o pote tinha cerca de 10 big blinds e eu tinha aproximadamente 13 big blinds no meu stack. Na minha cabeça, eu não conseguiria extrair valor de nenhuma mão do adversário, que optou por não apostar no flop e apenas pagar no turn. Ele desistiria de tudo e me eliminaria de qualquer maneira se tivesse . Decidi passar a vez e dar a oportunidade para ele usar seu grande stack para me pressionar, já que ele blefaria com mãos sem valor e não daria check behind com praticamente nada, uma vez que a maioria das mãos que dariam check teriam apostado em alguma street.

Ele pensou um pouco e foi all-in, eu dei call imediatamente e ele mostrou . Depois de ganhar esse pote, fui para o Dia 2 com 23 big blinds (35 mil fichas), menos do que o stack inicial. Isso não seria um problema, devido à excelente estrutura do torneio (uma hora e meia de blinds no Dia 2).

Infelizmente, o Dia 2 não durou mais do que 30 minutos para mim. Na primeira mão, o jogador do UTG+1 aumentou e eu fui all-in do botão com . Ele desistiu e eu ganhei o pote. Na próxima órbita, a mesa rodou em fold até mim, novamente no botão, e eu fiz um mini-raise com . O jogador do big blind, que tinha um stack bem grande, foi all-in. Com praticamente o mesmo stack com o qual tinha começado o dia, eu dei call. Ele mostrou e o flop já trouxe uma , que me mandou para casa.

Um cash game no meio do caminho

Decidi participar do torneio Meia Milha, que tinha buy-in de R$ 500. No entanto, durante o torneio, alguns amigos me convidaram para jogar uma partida de Omaha de 5 cartas no aplicativo da GGPoker, o Club GG. Joguei com Eduardo Silva ("Eduardo850"), Peter Patrício ("pitaoufmg") e Lucas Pegoraro. Infelizmente, fui eliminado rapidamente do Meia Milha, mas em duas mãos bastante normais. Perdi muitas fichas em um confronto entre meu e uma sequência, e depois caí com uma trinca de Dez contra outra sequência.

No entanto, minha sorte mudou quando me concentrei no jogo de cash. As coisas começaram a fluir muito bem e cheguei a ter R$ 16 mil de lucro. Infelizmente, acabei perdendo um pote de R$ 6 mil com um top set para um runner runner flush (all-in no flop). Além disso, perdi mais dois potes de R$ 8 mil, um com trinca contra top full e outro com um top set que foi vencido por uma sequência.

No final, ainda consegui sair com um lucro de R$ 4.100, o que pelo menos cobriu o valor do buy-in do Main Event.

Classificação dos jogadores
4.5
Jogadores online
500
Bônus de depósito
-
Cliente Mobile
Softwares auxiliares
Outros
Jogue em USDT (criptomoeda)
Rake races regulares
Bônus do GipsyTeam
90% de rakeback
Classificação dos jogadores
4.6
Jogadores online
200
Bônus de depósito
100% até $1,200
Cliente Mobile
Softwares auxiliares
Outros
Rake races e freerolls regulares
Jogue em Yuan
Bônus do GipsyTeam
A partir de 30% de rakeback
Assistência na configuração e configuração de contas
Código promocional GT
Cadastro
Classificação dos jogadores
4.9
Jogadores online
3,500
Bônus de depósito
100% até $600
Cliente Mobile
Softwares auxiliares
Outros
Rakeback alto
Rankings diários
Satélites para séries de torneios em todo o mundo
Bônus do GipsyTeam
Acesso a promoções exclusivas
Pagamentos adicionais para jogadores ativos

Fim melancólico?

Bom, na minha grade ainda havia outros torneios, como o 6-Max, o Meia Milha e o Mini Main Event, mas quis o destino (e o tilt) que meu último torneio fosse o Turbo KO daquela noite. Com buy-in de R$ 1.500, estrutura muito acelerada e R$ 500 de prêmio por eliminação, eu joguei bem seguro, já que os torneios turbo KO são uma loucura, como já falei no texto de ontem. No entanto, esse foi um dos piores torneios que já joguei na minha vida, tecnicamente falando, cometi pelo menos dois erros cruciais que me custaram bastante dinheiro e minha sanidade para continuar jogando a série.

O primeiro erro veio depois de dobrar com x contra um jogador que havia acabado de sentar à mesa. Ele ficou com apenas 5 bbs e começou a dar all-in no escuro. Quando ele ficou com 20 bbs, ele continuou com a mesma estratégia. Por não estar muito atento à mesa, não vi que ele ainda estava dando all-in no escuro. Acabei foldando um , que seria um call bem tranquilo. Eu eliminaria não só ele (que tinha ), mas o outro jogador que havia entrado no pote.

Marcelo Souza (foto: Diego Scorvo)

Bom, mas eu ainda estava bem em fichas e ele continuava dando all-in no escuro. Um jogador do Samba, que estava à minha esquerda, acabou entrando na mão contra ele, acertou um out river e ficou muito grande. Depois foi a minha vez de enfrentá-lo em um all-in triplo, com um outro short na mão. Eu tinha AQs, ele tinha 72o e o short tinha QTo. Eliminei o short e ele ficou com apenas 4.100 fichas no blind 800/1.600. Eu era o segundo em fichas na mesa, atrás apenas do jogador do Samba.

Na mão seguinte, eu era o UTG e a mesa tinha apenas 6 jogadores. O “maluco” do all-in no escuro, era o SB e já iria all-in com certeza. Recebi , e era uma mão perfeita para tentar eliminá-lo e garantir mais R$ 500. Eu tinha pouco mais de 30 bbs, então eu tinha 3 opções:

  1. Open Shove
  2. Raise
  3. Limp-shove

Descartei a primeira opção porque se o jogador do Samba desse call, eu estaria em maus lençóis, no entanto, ele não me pagaria com um range tão amplo, já que ele ficaria bem curto se perdesse. Os outros jogadores da mesa, todos tinham menos de 15 bbs, então eu não me importaria de jogar com A5s por dois bounties.

O limp-shove era uma boa opção também, já que provavelmente todos dariam limp para tentar eliminar o SB, que iria all-in no escuro, e eu poderia isolar quando a mão voltasse até mim.

Por fim, escolhi o raise, acho que a pior opção pelo simples motivo de que a mesa toda poderia pagar o meu raise para ver o flop e tentar eliminá-lo, já que o all-in dele travaria a ação. E foi o que aconteceu, jogo para cinco e um pote de 14 bbs.

O flop veio , e aí veio o maior erro da mão: eu não fiz uma c-bet. Além de um pote de 14 bbs (isso é muita ficha numa turbeta), estavam em jogo R$ 500 do bounty do SB. Eu ficaria feliz tanto em ir all-in contra os outros quatro jogadores quanto se conseguisse o fold dos mesmo. Bem, a mesa rodou em check e vimos o turn.

Um , que me dava dois pares. Apostei meio pote e apenas o jogador do Samba pagou. O river foi um , pedi mesa, e o jogador do Samba foi all-in. Quando anunciei o “call”, nem ele acreditou: “Você deu call mesmo?”. Ele mostrou 86o, ficou com mais de 100 bbs e ainda conseguiu mais dois bounties.

Eu saí tiltado pela primeira vez no BSOP. Não pela sequência no river, mas pelo festival de erros que cometi. No geral, até aquele torneio, fui muito bem emocionalmente e tecnicamente (dentro das minhas limitações), mas ser eliminado cometendo vários erros é muito frustrante. O ITM já estava próximo, eu teria pelo menos R$ 1.000 em bounties garantidos e um belo stack para tentar chegar o mais longe possível. Ali, o BSOP tinha acabado para mim. Eu sabia que não esqueceria aquele torneio, o que me prejudicaria nos demais. Achei melhor abortar o restante do evento. Uma pena, pois estava curtindo muito a jornada.

No final, o saldo foi bem positivo (não financeiramente, apesar de o cash ter dado uma salvada). Vi que posso jogar em bom nível ao vivo e que lidei bem com situações que não posso controlar (coolers, flips etc.).

Espero que vocês tenham gostado do quadro e vou tentar fazer outros no futuro, tanto ao vivo, quanto online.

Saldo do projeto:

Torneios jogados: 7

ITMs: 1

Buy-ins: R$ 11.600

Lucro/Prejuízo: – R$ 10.050 (- R$ 5.950 contando com o cash game)